Técnicos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) e da Prefeitura de Cubatão passaram todo o dia desta sexta-feira tentando convencer as 22 famílias que vivem no Grotão a deixarem suas casas. Isso porque, nesta quinta-feira, a companhia divulgou um relatório informando que as moradias precisam ser demolidas com urgência e que sete correm risco de desabamento.
Os técnicos do Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar oferecem às famílias um auxílio-moradia de R$ 300,00 somente por um mês e, posteriormente, a mudança para conjuntos habitacionais em São Vicente, Itanhaém ou Peruíbe. A proposta foi rejeitada por parte das 22 famílias.
A proposta de receber R$ 300,00 e ir morar em São Vicente não convenceu o ajudante Severino Manoel da Silva. “O que eu consigo alugar com R$ 300,00, ainda mais só por um mês?”.
Já a Prefeitura está oferecendo aos moradores um auxílio de R$ 400,00 que também será pago pelo Governo do Estado, mas por meio de um convênio com o Município.
Enquanto os esforços da Prefeitura e Estado contam com informações desencontradas, nesta sexta-feira foram retiradas apenas duas famílias. Uma receberá a ajuda de R$ 300,00 e a outra se mudou para o conjunto habitacional da Vila Sônia, em Praia Grande.
No início desta noite, representantes da Prefeitura tentavam convencer 15 famílias a deixarem o Grotão. Inicialmente, elas ficariam nas instalações do Clube Recreativo Vila Nova (Crevin) até que o benefício de R$ 400,00 fosse liberado.
Polêmica
A chuva constante dos últimos dias fez o Governo do Estado agilizar o processo de remoção das famílias. Nesta sexta-feira, o Estado publicou um anúncio em A Tribuna divulgando as ações que está tomando para tentar remover esses moradores do Grotão, devido à iminência de um desmoronamento.
A medida desagradou a Administração Municipal que classificou o anúncio como “um despropósito” e uma “defesa prévia” caso ocorra um acidente grave como os dos últimos dias no Rio de Janeiro.
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