terça-feira, 31 de agosto de 2010

Irregularidades em concurso público são questionadas por morador de Mongaguá

Mongaguá
Créditos: Reprodução/TV Tribuna

Um morador de Mongaguá denunciou ao Ministério Público irregularidades no concurso da Câmara Municipal da Cidade. O processo seletivo já havia sido suspenso pelo presidente do Legislativo, Valmir Wiazowski, um dia antes. De acordo com o aposentado Carlos Furtado de Oliveira, o concurso, realizado este ano, apresenta três supostas falhas.

O primeiro item do documento enviado ao MP questiona a escolha da empresa que venceu a concorrência para realizar a prova. De acordo com o aposentado, a contratada foi a única que participou do processo de licitação, que deveria contar com pelo menos três empresas.

O segundo questionamento foi sobre a taxa de inscrição. Segundo a denúncia, o dinheiro era recebido diretamente pela empresa responsável pelo concurso, enquanto o mais comum seria a Câmara receber o valor das inscrições e repassar à empresa. "Eu questiono quem recolheu as taxas de inscrição", diz.

A terceira reclamação é sobre a relação de aprovados no concurso e vereadores. Conforme o aposentado, o que chama a atenção são os números de inscrição dos aprovados. Os números são praticamente uma sequência e todos se inscreveram no processo seletivo logo no início.

“Esses que passaram no concurso têm relação direta com vereadores, são amigos do presidente da Câmara, a assessora direta do presidente da Câmara, amigos de vereadores e fornecedores de material de limpeza pública.

Na tarde desta terça-feira, o assunto foi tratado na Câmara de Vereadores. Por enquanto essa denúncia não será analisada nem investigada por nenhum dos vereadores de Mongaguá. Isso porque o presidente da Câmara, Valmir Wiazowski, suspendeu temporariamente o concurso.

Apesar da suspensão ter sido publicada no Diário Oficial apenas nesta terça-feira, a data oficial dessa suspensão, isso é, quando o presidente fez o pedido, foi no dia 24 de agosto, um dia antes da denúncia ter sido protocolada. O documento foi encaminhado ao Ministério Público no dia 19 de agosto e à Câmara na última quarta-feira.

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