A aplicação da vacina não foi suspensa em clínicas particulares
Após a suspensão da campanha de vacinação contra a raiva, a Secretaria de Saúde do Estado informou que pretende investigar com mais aprofundamento a causa dos óbitos de animais registrados em São Paulo.
”Decidimos suspender a vacinação porque pretendemos fazer uma investigação mais aprofundada, para saber se os óbitos têm a ver com as vacinas. Não podemos falar ainda em substituição da vacina”, afirmou a secretária-adjunta da Secretaria de Saúde, Cléia Aranda.
Uma morte já foi confirmada como consequência da vacina e outras nove são investigadas. Em duas semanas, foram registradas dez mortes de animais – quatro na capital paulista, duas em Guarulhos, na Grande São Paulo, e quatro no interior.
Na capital paulista, a campanha teve início na última segunda-feira. Dos 121.691 animais imunizados, 567 apresentaram reações como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. A maioria dos casos graves (85,3%) foi registrada entre os gatos.
Na Baixada Santista não houve registro. Em Santos, por sorte, a campanha iria começar no dia 21. Em Praia Grande, por exemplo, iniciou na segunda-feira. E até quinta-feira, já tinham sido vacinados 6.103 animais (90% eram cães). Segundo a Prefeitura, a vacina causou reações em oito cães e em 26 gatos. A maior parte das reações tem sido observada em gatos e nos cães de pequeno porte (em torno de 6,5 quilos de peso).
A vacina foi fornecida pelo Ministério da Saúde. As clínicas particulares não estão incluídas nessa recomendação de suspender a aplicação das vacinas. Em média, custam entre R$ 30,00 e 50,00, e geralmente são importadas de França, EUA ou Holanda. O veterinário Eduardo Filleti considerou prudente a medida do Governo Estadual em suspender a vacina. “Mesmo que tivesse ocorrido uma morte já era necessária atenção ao caso”.
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