Santos-Guarujá
Profissionais da região, de várias áreas, lançaram um desafio às prefeituras de Santos e Guarujá: retomar e construir, por iniciativa própria, dois túneis submarinos, isto é, sob o Canal do Estuário, interligando as suas cidades, a partir de uma Parceria Público Privada (PPP).
As duas ligações secas, somadas, custariam de R$ 1 bilhão a R$ 1,3 bilhão, valores que podem corresponder a até 58% do previsto para a construção das pontes estaiadas anunciadas pelo Governo do Estado, que engavetou uma delas, e pela Ecovias, que está elaborando os estudos da outra.
Aproximadamente, uma dezena de profissionais, entre engenheiros, urbanistas, advogados, administradores e especialistas em logística reuniram-se idealizaram e elaboraram o projeto. O plano retoma o projeto original, de 2008, que foi descartado à época pelo Governo do Estado.
Eles sugerem que as duas prefeituras assumam os estudos realizados e promovam a concessão à iniciativa privada, para construção e exploração do empreendimento.
"A nossa ideia é dar subsídios e apresentar projeto de viabilidade e estudo de custeio. Estamos fazendo a parte do Estado. Consideramos que o problema da ligação Santos-Guarujá e das duas margens do Porto vai ser resolvido, por uma iniciativa dos usuários e não de governos. Não se trata de uma anarquia social, mas de uma ferramenta técnica", explica o professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Hélio Hallite, que lidera o grupo especializado. Segundo ele, falta fazer o projeto-executivo.
Conforme as estimativas do professor, cada construção custará entre US$ 300 milhões (R$ 495 milhões) e US$ 400 milhões (R$ 660 milhões). A ponte Santos-Guarujá, na entrada do estuário, cujo projeto foi congelado há um mês pelo Governo do Estado, está orçada em R$ 700 milhões.
A ligação ao fundo, proposta pela Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, deve custar R$ 1 bilhão.
Caso as prefeituras assumam os empreendimentos, e principalmente consigam alcançar o menor preço R$ 990 milhões , as obras terão preço equivalente a 58,2% das propostas do Estado e da concessionária. Na versão mais cara, 78% do valor.
"É preciso que as prefeituras queiram retomar essa discussão. Se a decisão já fechou em relação à ponte, fica complicado para o nosso trabalho. Há a possibilidade de apresentar aos municípios, basta que queiram reavaliar o projeto da ponte", completa Hallite.
Localização
Estão previstos dois túneis. O primeiro, chamado Ligação Sul, ficaria na entrada do Canaldo Estuário. A obra se estenderia por um trajeto entre 1,2 quilômetro e 1,6 quilômetro, com pista dupla, nos dois sentidos de direção. A proposta prevê galerias exclusivas para pedestres e ciclistas, com escadas rolantes.
A descida da Ligação Sul começaria na direção da Ponte dos Práticos, na orla de Santos, em direção ao leito da travessia atual de balsas. No centro do estuário, o túnel alcançaria 30 metros de profundidade.
"O Porto de Santos jamais terá profundidade superior a 20 metros, por conta da própria estrutura geológica", afirma Hallite, referindo-se a uma eventual limitação à expansão do cais.
No lado de Guarujá, o túnel desembocaria na Avenida Adhemar de Barros,onde há um atracadouro de balsas, a uma distância de 200 a 500 metros do shopping ali existente.
O segundo túnel, ao fundo do estuário, é chamado de Ligação Norte. Este, ao contrário da versão Sul, terá prioritariamente a circulação de caminhões que atuam nas duas margens do Porto de Santos.
A Ligação Norte foi projetada para ter entre 1 quilômetro e 1,2 quilômetro, com 25 metros de profundidade, partindo do Valongo e desembocando na Ilha Barnabé.
Entidades cobram promessa de Alckmin
Sete entidades da sociedade civil de Guarujá estão cobrando uma posição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a promessa de campanha de construir uma ponte estaiada entre a Ilha de Santo Amaro e Santos, assim como de não cobrar pedágio de seus usuários. No entendimento do desse grupo, a nova ligação que está sendo finalizada pela Ecovias, com o objetivo de atender a demanda de carga do Porto de Santos, não substitui o projeto anunciado pelo ex-governador José Serra (PSDB), no ano passado. A Carta Aberta endereçada a Alckmin é assinada por representantes das seguintes entidades do Município: Guarujá Convention & Visitors Bureau (GCVB), Associação Comercial e Empresarial, Câmara de Dirigentes Lojistas, Associações de Quiosqueiros, Rotary Club, Associação Médica e União das Associações e Entidades Comunitárias e Assistenciais da Ilha de Santo Amaro.
Conforme o presidente do Conselho Consultivo do GCVB, Ricardo Roman Júnior, a ligação das margens do Porto de Santos não inviabiliza a construção da ponte, que facilitará a passagem entre os bairros Ponta da Praia (Santos) e Santa Rosa (Guarujá).
"A falta dessa ponte para veículos trava o desenvolvimento de Guarujá e do restante da Baixada Santista. Tratase de uma demanda que a população espera há muitos anos. É um absurdo que isso ainda não tenha saído do papel", ressaltou ele, que também é vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
Surpresa
Roman Júnior destacou que as entidades receberam "com surpresa" as notícias desencontradas sobre o congelamento do projeto anunciado no ano passado e a necessidade de o Governo do Estado de "reavaliar prioridades".
"Lamentamos o fato e conclamamos a Frente Parlamentar em Defesa da Ligação Seca Santos-Guarujá (...) para novamente unir forças com a Prefeitura, Câmara de Vereadores e entidades que, desde o início, demandam a ponte", diz um dos trechos do documento.
Profissionais da região, de várias áreas, lançaram um desafio às prefeituras de Santos e Guarujá: retomar e construir, por iniciativa própria, dois túneis submarinos, isto é, sob o Canal do Estuário, interligando as suas cidades, a partir de uma Parceria Público Privada (PPP).
As duas ligações secas, somadas, custariam de R$ 1 bilhão a R$ 1,3 bilhão, valores que podem corresponder a até 58% do previsto para a construção das pontes estaiadas anunciadas pelo Governo do Estado, que engavetou uma delas, e pela Ecovias, que está elaborando os estudos da outra.
Aproximadamente, uma dezena de profissionais, entre engenheiros, urbanistas, advogados, administradores e especialistas em logística reuniram-se idealizaram e elaboraram o projeto. O plano retoma o projeto original, de 2008, que foi descartado à época pelo Governo do Estado.
Eles sugerem que as duas prefeituras assumam os estudos realizados e promovam a concessão à iniciativa privada, para construção e exploração do empreendimento.
"A nossa ideia é dar subsídios e apresentar projeto de viabilidade e estudo de custeio. Estamos fazendo a parte do Estado. Consideramos que o problema da ligação Santos-Guarujá e das duas margens do Porto vai ser resolvido, por uma iniciativa dos usuários e não de governos. Não se trata de uma anarquia social, mas de uma ferramenta técnica", explica o professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Hélio Hallite, que lidera o grupo especializado. Segundo ele, falta fazer o projeto-executivo.
Conforme as estimativas do professor, cada construção custará entre US$ 300 milhões (R$ 495 milhões) e US$ 400 milhões (R$ 660 milhões). A ponte Santos-Guarujá, na entrada do estuário, cujo projeto foi congelado há um mês pelo Governo do Estado, está orçada em R$ 700 milhões.
A ligação ao fundo, proposta pela Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes, deve custar R$ 1 bilhão.
Caso as prefeituras assumam os empreendimentos, e principalmente consigam alcançar o menor preço R$ 990 milhões , as obras terão preço equivalente a 58,2% das propostas do Estado e da concessionária. Na versão mais cara, 78% do valor.
"É preciso que as prefeituras queiram retomar essa discussão. Se a decisão já fechou em relação à ponte, fica complicado para o nosso trabalho. Há a possibilidade de apresentar aos municípios, basta que queiram reavaliar o projeto da ponte", completa Hallite.
Localização
Estão previstos dois túneis. O primeiro, chamado Ligação Sul, ficaria na entrada do Canaldo Estuário. A obra se estenderia por um trajeto entre 1,2 quilômetro e 1,6 quilômetro, com pista dupla, nos dois sentidos de direção. A proposta prevê galerias exclusivas para pedestres e ciclistas, com escadas rolantes.
A descida da Ligação Sul começaria na direção da Ponte dos Práticos, na orla de Santos, em direção ao leito da travessia atual de balsas. No centro do estuário, o túnel alcançaria 30 metros de profundidade.
"O Porto de Santos jamais terá profundidade superior a 20 metros, por conta da própria estrutura geológica", afirma Hallite, referindo-se a uma eventual limitação à expansão do cais.
No lado de Guarujá, o túnel desembocaria na Avenida Adhemar de Barros,onde há um atracadouro de balsas, a uma distância de 200 a 500 metros do shopping ali existente.
O segundo túnel, ao fundo do estuário, é chamado de Ligação Norte. Este, ao contrário da versão Sul, terá prioritariamente a circulação de caminhões que atuam nas duas margens do Porto de Santos.
A Ligação Norte foi projetada para ter entre 1 quilômetro e 1,2 quilômetro, com 25 metros de profundidade, partindo do Valongo e desembocando na Ilha Barnabé.
Entidades cobram promessa de Alckmin
Sete entidades da sociedade civil de Guarujá estão cobrando uma posição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a promessa de campanha de construir uma ponte estaiada entre a Ilha de Santo Amaro e Santos, assim como de não cobrar pedágio de seus usuários. No entendimento do desse grupo, a nova ligação que está sendo finalizada pela Ecovias, com o objetivo de atender a demanda de carga do Porto de Santos, não substitui o projeto anunciado pelo ex-governador José Serra (PSDB), no ano passado. A Carta Aberta endereçada a Alckmin é assinada por representantes das seguintes entidades do Município: Guarujá Convention & Visitors Bureau (GCVB), Associação Comercial e Empresarial, Câmara de Dirigentes Lojistas, Associações de Quiosqueiros, Rotary Club, Associação Médica e União das Associações e Entidades Comunitárias e Assistenciais da Ilha de Santo Amaro.
Conforme o presidente do Conselho Consultivo do GCVB, Ricardo Roman Júnior, a ligação das margens do Porto de Santos não inviabiliza a construção da ponte, que facilitará a passagem entre os bairros Ponta da Praia (Santos) e Santa Rosa (Guarujá).
"A falta dessa ponte para veículos trava o desenvolvimento de Guarujá e do restante da Baixada Santista. Tratase de uma demanda que a população espera há muitos anos. É um absurdo que isso ainda não tenha saído do papel", ressaltou ele, que também é vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
Surpresa
Roman Júnior destacou que as entidades receberam "com surpresa" as notícias desencontradas sobre o congelamento do projeto anunciado no ano passado e a necessidade de o Governo do Estado de "reavaliar prioridades".
"Lamentamos o fato e conclamamos a Frente Parlamentar em Defesa da Ligação Seca Santos-Guarujá (...) para novamente unir forças com a Prefeitura, Câmara de Vereadores e entidades que, desde o início, demandam a ponte", diz um dos trechos do documento.
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