Da Redação
Ponta da Praia
Assim que a maré baixa, um velho conhecido retorna à paisagem da Ponta da Praia. O que restou do navio Recreio, encalhado na orla santista desde 1971, emergiu novamente à superfície. Na manhã desta terça-feira, novo informativo de perigo foi colocado próximo à embarcação, pelo Corpo de Bombeiros. E a solução para esse impasse, que atravessa mais de quatro décadas, ainda é costurada pelos órgãos envolvidos.
Prefeitura e Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) reuniram-se, na semana passada, a fim de encontrar alternativas possíveis para a remoção dos destroços. No encontro, ficou definido que a autoridade portuária irá analisar a viabilidade técnica da proposta apresentada pela administração santista, ainda não divulgada. A retirada apenas será possível quando houver sequência de dias com maré baixa.
Definido o manejo, a Marinha do Brasil precisará autorizar o plano de remoção do que restou da embarcação. Segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente em Santos, Daury de Paula Júnior, a questão será acompanhada pelo órgão. A preocupação é que resíduos de óleo ou derivados ainda estejam abrigados no interior dos destroços alocados próximo ao Aquário Municipal.
Acidente
A embarcação tinha 62,4 metros de comprimento e 10,96 metros de largura, com calado máximo de 12 pés (3,66 metros). No dia 25 de fevereiro de 1971, uma tempestade soltou a âncora que prendia o Recreio e ondas trouxeram o barco até a areia da Ponta da Praia, onde encalhou.
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